sábado, 22 de outubro de 2016

lanhar ossos na planície


um pássaro que se perdeu no céu de celofane/ esquece o seu grito de gaivota marinha

pulmões espalmados pela correria que estalava narizes, botas e o piso rachado da madeira de lei
na tornaviagem dos filhos,
braços fracos (talhar couros de reses na planície),
para o natal (lanhar ossos do artiodáctilo girafóide),
a fogueira em natas de médulas (seu cabelo desalinhado)
mata sem missionários

três filhos desbotados sem lactação, 
a falta do trem espinicando tímpanos, grama, sono
quando o maiô da avó chamuscado de lama,
meia dúzia de retratos deles pintados por quem nunca vai saber 
faltam pássaros, faltam helicópteros. 






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