segunda-feira, 1 de maio de 2017

um recado para cacá: não há mais o alpendre rosa.


nós em um comboio de rodovia, 
a família de mãos frias e martelos nos joelhos sem esperar pelo rabo de um rio paranaíba que não vinha, 
tropismo mineiro, tosse que cala o fundo dos milhões de anos caninos de espera,
turba de parentes, maquete de uma roça invadida por ratos,
fora a manobra dos skatistas na praça da catedral, comprava-se o relento como as primas da infância roubavam leite de rosas e sonrisal para vender champanhe às amigas de novena da avó, 
da casa, nunca dependuramos guirlandas,
do alpendre que selava nossos pés, uma pista lustrosa de patinação,
claro, sem nossos patins.

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