sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


não sei, desde o regresso dela, se havia engolido o animal marinho inchado de radioatividade. aqui, disse, apertando algum número inalcançável, quase traduzido pelos vestígios da explosão guardada na sirene dos caminhões dos bombeiros volto cedo e prefiro não ouvi-los. outros rodeavam a ligação enxuta. corria, corriam. a perna apagada sempre envolvida pelo gato malhado abria o rasgado do tombo, um barulho que despertava a hora oca do telefonema. 

2 comentários:

  1. Se ainda fizesse análise, não teria mais dúvida em dizer o que sinto: "ter engolido um animal marinho inchado de radioatividade que despertara na hora oca do telefonema". Bingo.

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  2. ficou tão legal sua reescritura, Gabi!

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